Estava ele sentado num alpendre,
olhando para o vazio...
A alma doia, o coração estava quente,
Olhou e entre as lágrimas avistou...
Algo que sempre lá estivera,
mas que nunca reparava,
no fim do oceano, onde o céu acabava.
Um fogo imenso se ergueu,
uma luz intensa, reconfortante, se aclarou,
e lá ao fundo ele avistou,
o pôr de sol que se formou...
Até ao vermelho se intenseficar,
até ao laranga aparacer,
até ao amarelo se espalhar,
até ao céu escurecer,
até à esfera quente desaparecer...
Sem aviso... O brilho perde-se, para jamais se encontrar
E a noite regressa, escura como as profundezas do mar....
José Carlos Pouzada