quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Estados da Alma: "Pôr do Sol"

Estava ele sentado num alpendre,
olhando para o vazio...
A alma doia, o coração estava quente,

Olhou e entre as lágrimas avistou...
Algo que sempre lá estivera,
mas que nunca reparava,
no fim do oceano, onde o céu acabava.

Um fogo imenso se ergueu,
uma luz intensa, reconfortante, se aclarou,
e lá ao fundo ele avistou,
o pôr de sol que se formou...

Até ao vermelho se intenseficar,
até ao laranga aparacer,
até ao amarelo se espalhar,
até ao céu escurecer,
até à esfera quente desaparecer...

Sem aviso... O brilho perde-se, para jamais se encontrar
E a noite regressa, escura como as profundezas do mar....

José Carlos Pouzada